sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Notas Finais, Antropologia Cultural

Peço desculpas pelo atraso relativo em postar essas notas, pois estou tendo alguns problemas chatos de saúde. Nada grave: só... chatos. :-/

Bom, aqui está as notas finais e as notas de todos os trabalhos durante o semetre. Vocês podem entrar em contato comigo, caso que tiver dúvidas ou acham injusta sua nota.

Abraços e boas férias para todo mundo!

Aproveito para anunciar que estarei ministrando um cursinho sobre a cultura militar nos séculos XVIII-XIX durante o Verão com Ciência em fevereiro. Se você tiver interesse em história militar (ou conhecer alguém que tem), por favor, comparece! Vai ser divertido! Vamos acabar o curso com a recriação de uma batalha napoleónica em escala 1/700.



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Final do semestre



O trabalho final do curso

Leia os três artigos referentes às pesquisas qualitativas nas questões de saúde. Analisa-los na luz das teorias sobre a cultura apresentadas no curso. Utilize as leituras do curso, particularmente aquelas que tratam da construção socio-cultural do corpo, para responder às seguintes questões:


1) Nos três casos apresentados, como é que a cultura impacta nos corpos dos indivíduos estudados?

2) Como é que a cultura afeita o tratamento que essas pessoas recebem do sistema de saúde?

Ambas estes pontos devem ser abordados em todos os três artigos.

O trabalho deve ter entre 5 e 10 páginas (sem contar a bibliografia e a página de frente), fonte Times New Roman 12, espaço um e meia. Todas as normas universitárias referentes a plágio e e referências bibliográficas devem ser seguidas. Atribuições devem ser incluídas no texto cada vez que você cita as palavras de outro autor ou use as ideias de outro autor. Nota-se que você nunca pode fazer atribuições demais e o uso correto de atribuições é sua única defesa contra acusações de plágio. Como fazer uma atribuição? Simples: em parenteses, assim, logo após do material em questão (SOBRENOME DE AUTOR, data de publicação: página de onde retirou o material). Então, se você quer citar, por exemplo o Frederik Barth sobre a etnicidade, a atribuição correta seria (BARTH, 2000: pagina tal). Se a ideia do autor é geral, só cita seu nome e a data. Se você não tem a data de publicação da obra, isto pode ser facilmente encontrada na internet, buscando pelo título. Em última instância, você pode usar “s/d” (que indica “sem data”).

Para com a bibliografia, ela fica ao final de seu trabalho e deve incluir todos os autores e obras que você citou em suas respostas, listadas em ordem alfabética pelo sobrenome do autor. Cada entrada na lista deve ser assim:

SOBRENOME, Nome. Data de publicação. Título. Título da coletânea, se tiver. Cidade de publicação: editor.

Então no caso de Barth...

BARTH, Fredrik. 2000. “Os grupos étnicos e suas fronteiras”. Em O Guru, O Iniciador. Rio de Janeiro: Contra Capa.

Não esqueça de incluir seu nome numa página de rosto!

O trabalho deve ser entregue por via de internet em formato Windows Word, até as 17:00 horas no dia 21 de dezembro. Você não deve considerar seu trabalho entregue até receber uma resposta minha confirmando o recebimento, portanto, não espere até a última hora para entregar o trabalho!

Endereço para entregue: macunaima30@yahoo.com.br

Subsídios para o trabalho...
...podem ser encontrados nos textos do curso e também aqui no blog.

Sobre raça entre os seres humanos, aqui,

Sobre o conceito do superorgânico, aqui.

Sobre determinismos (biológicos e culturais), aqui.

Sobre o conceito de cultura, aqui.

Sobre a eugenia, aqui.

Sobre o Darwinismo Social, aqui.

Boa sorte! :D

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cancelamento da aula de 10.11

Gente,

Vamos ter que cancelar nossa aula dessa quarta (que é, afinal, uma boa notícia, pois dá tempo para todo mundo ler os livros indicados). Fui chamado a BH por uma reunião urgente de avaliação do plano nacional contra o tráfico de pessoas. Pedi para eles marcarm a minha volta na terça, mas só conseguiram marcar na quarta a tarde. :/ Alem disto, estou com um problema recorrente de saúde, então vou aproveitar o final do dia na quarta para ir a emergência e ver o que está acontecendo.

Estou fazendo muitas notas etnográficas e pretendo transformar isto em documento etnográfico e documento sinótico, para ilustrar os conceitos da aula. Vou mandar esses tão logo quanto puder para vocês criticaram.

Abraços,
Thaddeus

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

In Spite of You Tomorrow Must be Another Day

A rose in a Coke bottle in an ex-jail cell in memory of those who died
and were tortured during the Brazilian military dictatorship, 1964-1984.
The old headquarters of the political police in São Paulo, DOPS, is now a
museum dedicated to the preservation of the memory of the crimes
of authoritarian government.


This one is for my American friends and relatives who are bummed out by the far right's apparent win in this week's elections in the United States.

"Apesar de Você" is a samba that was written and originally interpretted by Brazilian singer/songwriter Chico Buarque de Hollanda in 1970, during the height of the Brazilian military dictatorship. The song was banned from airplay by then President General Médici for its rather explicit criticism of the Brazilian far right.


Chico Buarque #4, banned in Brazil in 1970

In March 1970, Chico returned to Brazil from exile in Italy, having heard from a friend that things "were getting better". They were not. In fact, the period from 1968 to roughly 1974 in Brazil is now known as the "years of lead", when the nascent revolutionary movements in the country were squashed through mass arrests and torture. Chico expressed his disgust with the situation by writing "Apesar de você" - In Spite of You - a full-throated critique of the military regime thinly veiled as quarrel between lovers. When he sent it in to the censors to be vetted, Chico never imagined it would get through - but it did and it sold 100,000 copies.

As soon as a word-of-mouth campaign had put the word out onto the streets about what the song's target really was, Chico was denounced and "Apesar" was banned from the airways. Government officials invaded the record factory and destroyed what copies remained of the song. The censor who approved it was canned and Chico was dragged into political police headquarters and asked at the point of a truncheon who the "you" in the song referred to.

"Oh, it refers to a very pushy and authoritarian woman," said Chico. But everyone in Brazil new that it referred to the generals.

Because of "Apesar", Chico - who many consider to be Brazil's finest living poet - was marked out by the censors as an irredeemable smart-ass and his later records and poems were gone over with a fine-toothed comb and scissors. In the future, Chico had to write and record under a pseudonym in order to get his material past the government.

At the same time Chico published "Apesar de Você", a 27 year old woman was rotting away in prison. A young socialist daughter of Bulgarian immigrants, Dilma Rousseff had joined the nascent revolutionary movement against the dictatorship and, together with her comrade Carlos Minc, had allegedly stolen a safety deposit box containing 2.5 million dollars belonging to the ex-governer of São Paulo, Ademar de Barros, reputably one of the most corrupt men in modern Brazilian history. Dilma was caught in an anti-guerrilla round-up in 1970 and was taken to the headquarters of Operation Bandeirante, the military government's political police facility. There she was tortured for 22 days. Her tormentors employed beatings, electric shocks and most likely sexual abuse.



Dilma Rousseff's mug shot in 1970, taken by the São Paulo political police
on occasion of her arrest and before she endured 22 days of torture.
 
In the very unlikely event that Dilma heard Chico's song while she was in jail, the future it proposed could have only seemed to be a very cruel dream, the kind of thing a drug-addled hippy would come up with, perhaps.
 
On Sunday, October 31st 2010, Dilma Rousseff was elected President of the Federal Republic of Brazil, on the Workers' Party ticket. She will be sworn in as our 36th president in early 2011, Brazil's first female president and, according to some, the most powerful woman in the world. Her old revolutionary comrade Carlos Minc, a leading light of the Brazilian Green Party, is currently our Minister of the Environment and likely to retain that position.
 

Dilma Rousseff, 36th President of Brasil.
 
So you see, there really is a future. In spite of them.
 
Chico Buarque de Holanda (1970)
 
Today, it's you who rule
What you say goes
No talking back
Today, my people talk in low voices
With lowered heads
See?
You who invented this state
All this darkness
You invented sin
And forgot to invent forgiveness.

In spite of you
Tomorrow must be another day
I ask myself where are you going to hide
From the enormous euphoria?
How are you going to stop
The rooster who insists on crowing?
New water springing up
And us loving without stopping?

When the time comes
You'll pay me back for all this suffering
I swear it
All this repressed love
These contained cries
This samba in the dark
You, who invented sadness
Have the courtesy to uninvent it
You're going to pay in double
For every tear I shed
In my pain

In spite of you
Tomorrow must be another day
I'm going to pay to see
The garden break out in flowers
Just like you didn't want
You're going to rue
Seeing the sun come up
Without asking your permission
And I'm going to die laughing
And this day is coming
Sooner than you think.

In spite of you
Tomorrow must be another day
You're going to have to see
The morning be born
And spit out poetry
How are you going to explain yourself
When the skies suddenly clear
With impunity?
How are you going to muffle
Us singing in chorus right in front of you?

In spite of you
Tomorrow must be another day
You're going to come to a bad end
Etc. and so on
Lalalalala...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Para os alunos de FCA218, Antropologia Cultural

Não teremos aula no dia 26 de outubro. Em compensação, vamos ter um engajamento mais profundo com dois textos: "A Falsa Medida do Homen" e "Genes, Povos e Línguas", que serão apresentados pela turma na primeira semana de novembro.

Enquanto isto, temos notas sobre o conceito do "Superorgânico", que podem ser encontradas aqui, e sobre a história do conceito de cultura, que podem ser encontradas aqui.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ementa e lista de leituras para o curso "Pesquisa qualitativa e prostituição"





Pesquisa Qualitativa, Estigma e Prostituição
Programação
29/09 Orientação
Discussão do texto “Sexo a um Real”.
Quantitativa vs. qualitativa: demonstração pragmática (Tadeu)
Dois exemplos do mau uso de dados quantitativos e qualitativos:       
                Prostituição internacional e o tráfico das mulheres.
Violência no Brasil e no Rio.
A má combinação: dados quantitativos bons com dados qualitativos ruins.
06/10     Filme: Kinsey
Tarefa de casa: identificar os elementos qualitativos e quantitativos na pesquisa dos Kinseys. Discussão do filme
Identificação dos elementos quantitativos e qualitativos na pesquisa de Kinsey
DaMatta, Roberto. Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social. Rio de Janeiro: Rocco, 1982. 1ª Parte (17-58)
13/10     Ciência objetiva vs. ciência interpretativa
Durkheim e Weber
Tipos ideais
A imaginação sociológica.
Construindo dados: o papel ativo do pesquisador
Decisões do pesquisador e como pesam na pesquisa.
Bases empíricas e experiências particulares.
A má leitura dos dados por outras pessoas.
A ética científica
A responsabilidade do cientista a escolher bem e deixar suas escolhas transparentes.
A combinação adequada de dados quantitativos e qualitativos.
Giddens, Anthony. “Sociedade e cultura”. Sociologia. São Paulo: Artmed. 2006.
20/10     Metodologias de participação observação em contextos urbanos
Malinowski, B. ‘Introdução’. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1922. Introdução.
Foote-Whyte, William. A Sociedade da Esquina. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2005.
03/11     Estigma
                Goffman, Erving. Estigma. Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada.
                Goffman, Erving. Manicômios, conventos e prisões.
.               Becker, Howard. Outsiders: Estuds de sociologia do desvio.
10/11     Prostituição como Objeto de Pesquisa
                Leite, Gabriela. Filha, Mãe, Avó e Puta.
                Gaspar, Maria Dulce. Garotas de Programa.
                Roberts, Nickie. Prostitutas na História
17/11     Prostituição e DSTs em Macaé
O que precisamos saber?
Onde devemos ir?
Com quem devemos falar?
Planos de abordagem
Cronograma

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ementa, Antropologia Cultural - Enfermagem, 2.2010



FCA 218 – Antropologia Cultural - Enfermagem


Prof. Thaddeus Gregory Blanchette

2010- 2

Quartas, 13:00 às 17:00

O curso é uma introdução básica à antropologia cultural, com ênfase em discussões sobre o corpo e sua constituição sociobiológico. A avaliação do curso se dará por participação nas aulas (apresentação e discussão de textos) e um trabalho final, que será entregue em dezembro.

As informações de contato para o professor são: 21-9781-1963, macunaima30@yahoo.com.br.

Nossa turma tambem terá um blog, através do qual eu tentarei distribuir informações e textos.

29/09 Apresentação do curso: A Antropologia como campo de conhecimento.

Miner, Horace. “Ritos Corporais entre os Sonacirema” In: A.K. Rooney e P.L. de Vore (orgs) You and the Others - Readings in Introductory Anthropology. Cambridge: Erlich, 1976.

06/10 A Antropologia e as demais ciências sociais; as concepções de sociedade e cultura.

DaMatta, Roberto. Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social. Rio de Janeiro: Rocco, 1982. 1ª Parte (17-58)

13/10 As noções de natureza e cultura e desenvolvimento da antropologia. Antropologia como resposta ao etnocentrismo.

Laraia, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.

20/10 A pesquisa de campo e a etnografia como método de fazer teoria em Antropologia.

Malinowski, B. ‘Introdução’. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1922. Introdução.

Foote-Whyte, William. A Sociedade da Esquina. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2005.

03/11 Raça, e a evolução humana: o social e o biológico.

Gould, Steven J. A Falsa Medida do Homen. SP: Martins Fontes, 2003. Introdução.

Luigi L. Cavalli-Sforza. Genes, povos e línguas. São Paulo, Companhia das Letras, 2003.

10/11 Sexo e Gênero
Laqueur, Thomas. Inventando o Sexo Corpo e Genero, dos Gregos a Freud. SP: Relume Dumara, 2009.

17/11 A Antropologia na Saúde

Porto, Madge, Cecilia McCallum, Russel Parry Scott, Heloísa Mendonça de Moraes 2003. ‘A saúde da mulher em situação de violência: Representações e decisões de gestores/as municipais do Sistema Único de Saúde’. Caderno de Saúde Pública 19(Sup. 2): S243-S252.

McCallum, Cecília e Ana Paula dos Reis 2006. ‘Resignificando a dor e superando a solidão: experiências do parto entre adolescentes de classes populares atendidas em uma maternidade pública de Salvador’. Caderno de Saúde Pública 22(7): 1483-1491.

Souza, Iara Maria Almeida de 2007. ‘Produzindo Corpo, Doença e Tratamento no Ambulatório: Apresentação de Casos e Registros em Prontuário’. Mana. Estudo de Antropologia Social 13(2): 471-496.